Prestes a completar dois meses no cargo, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, concedeu entrevista ao jornal O Globo e contou que pretende dar uma marca de “inclusão social” à sua gestão no ministério, com programas como o Vale Cultura, a construção de 360 CEUs das Artes — centros de produção cultural dotados, por exemplo, de biblioteca somente com livros artísticos — e a aplicação de projetos e editais de incentivo à produção da cultura negra.
“Acredito que a cultura não é tratada como instrumento de desenvolvimento econômico. Em muitos países é subsidiado para ter uma política de Estado. Em virtude da pouca importância que se tem dado à cultura por todos os governos é que foi desenvolvido um método bastante engenhoso, que funciona, mas tira das mãos do ministério a possibilidade de fazer uma política de Estado mais forte. Temos certos controles sobre a lei Rouanet. Vamos fazer agora, por exemplo, 30 Pontos da Cultura Negra. Vamos descobrir novos autores negros, que serão incluídos num projeto da Biblioteca Nacional de Caravana de Escritores. Você já pensou, um jovem autor negro de 17, 18 anos, viajando pelo país ao lado de escritores consagrados para divulgar sua obra?”, questionou.
Marta também falou sobre o Ecad. “Minha posição é ir de acordo com a CPI do Senado e defender um órgão externo de fiscalização. A decisão de ter um órgão externo já tomei. Acredito que será bom para todos. A composição será decidida. Não vamos estar fazendo nada de excepcional”, afirmou.
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A ministra também concedeu entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em que afirmou que seu objetivo no MinC é criar uma política de Estado (clique aqui para ler), e para O Estado de S. Paulo (leia aqui).
*Com informações dos sites dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo