Motivadas por indícios de uma crise no setor – encalhe de ingressos e cancelamento de shows são alguns dos sintomas -, as empresas de entretenimento ao vivo devem criar até o fim deste ano duas associações, uma formada por produtoras de shows e musicais e outra por companhias que comercializam ingressos. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Para as empresas do setor, o benefício para estudantes e idosos, que chega a atingir 90% do total da bilheteria de grandes shows internacionais, é o principal responsável pela baixa. A intenção das associações é reduzir a proporção de meias-entradas ou, pelo menos, conseguir que os governos assumam a conta de parte do benefício.

Desde 2010, o crescimento acelerado no segmento de shows originou pelo menos três novas empresas de grande porte e acirrou a concorrência no setor, o que trouxe choques de agenda de festivais de música e elevou cachês a ponto de tornar alguns shows deficitários. Presidente da XYZ Live, Bazinho Ferraz, acredita que as novas associações podem servir também como espaço para se firmarem “acordos de cavalheiros” e evitar o declínio do setor.

Do outro lado, empresários e consumidores alegam que o alto valor dos ingressos é o maior culpado por shows cancelados ou vazios. Entidades de defesa do consumidor veem riscos para o público dos shows caso algumas demandas das novas associações sejam contempladas. “As empresas devem aumentar o controle da comprovação do direito ao benefício, na venda e no acesso aos shows, e não buscar limitações para um direito consagrado. Seria um retrocesso”, declarou Márcio Marcucci, diretor de fiscalização do Procon-SP.

A íntegra da matéria está disponível aqui.

*Com informações do jornal Folha de S. Paulo


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