A edição deste ano da Feira do Livro de Brasília encerrou ontem, após ter dividido o espaço da literatura com a ecologia e a diversidade cultural. Os alunos das escolas públicas que visitaram a feira desde o início do evento, no dia 8 deste mês, ganharam gibis que foram colocados dentro de sacolas feitas de jornal para evitar o uso de sacolas plásticas.

Neste ano, a organização da feira convidou e cedeu estandes a instituições ligadas aos movimentos negro, dos ciganos e dos deficientes, como a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Há também estandes de embaixadas, como as de Cabo Verde e de Israel, onde há publicações, fotos e vídeos sobre a cultura destes países.

No estande AfroNzinga, são vendidos livros sobre a cultura negra, bonecas negras. Ali houve também um sarau em que poetas negros declamaram poemas feitos por eles. “Eles mostraram trabalhos com o cotidiano de racismo enfrentado pelo negro”, disse Maria das Graças Santos, coordenadora do sarau, que será repetido hoje. Ela elogiou o espaço aberto na feira para a diversidade cultural.

Os jovens tiveram espaço para discutir temas como política e drogas no projeto Revista Viva, uma parceria entre organizações não governamentais e a Caixa Seguros. Misturando debate, música e grafite, o evento reuniu a diversidade de manifestações da juventude.

Junto com o interesse pelas novas temáticas trazidas neste ano, a intenção de despertar o hábito da leitura nos pequenos é um dos motivos que levam muitos a visitar a feira. Morgania Andrade levou os filhos, sobrinhos e a irmã e ficou satisfeita com o que viu por lá. “Aqui há livros diferentes, para colorir, montar, e isso é bom para despertar o interesse pela literatura”, afirmou.

A 29ª edição de Feira do Livro de Brasília terminou ontem (17) no ExpoBrasília, que fica no Parque da Cidade.

*Com informações da Agência Brasil.


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Atriz, pós-graduada em gestão da cultura.

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