José Luiz Herencia é o novo Secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura. A portaria de nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, dia 12. Ele ocupa a vaga deixada por Alfredo Manevy, que assumiu a Secretaria Executiva do ministério, em setembro de 2008. O cargo vinha sendo ocupado interinamente pelo coordenador-geral de Direitos Autorais, Marcos Alves de Souza.
Natural da cidade de São Paulo, tem 33 anos, é graduado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). Possui longa experiência como produtor cultural, sendo também pesquisador, compositor e poeta. Ingressou no MinC em setembro de 2008 para assumir o cargo de consultor.
Na USP, organizou diversos ciclos de seminários e foi curador de várias exposições. Em 1998, participou do grupo de trabalho que reabriu a Casa Mário de Andrade, vinculada à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, tendo atuado como coordenador da Oficina da Palavra, atividade cultural desenvolvida entre 1998 e 1999.
Como produtor cultural realizou centenas de espetáculos com a participação de artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque, Chico César, Francis Hime e Paulinho da Viola, entre outros. Também produziu a Rua do Choro – série de espetáculos semanais de música instrumental, da Secretaria de Cultura de São Paulo -, onde dirigiu artistas como Altamiro Carrilho, Paulo Moura e Yamandu Costa.
Dirigiu o setor musical do Instituto Moreira Salles, em 2000, onde coordenou um dos mais respeitados projetos de preservação da memória musical brasileira, digitalizando e disponibilizando gratuitamente pela Internet mais de cem mil gravações musicais realizadas no Brasil entre 1902 e 1964. Ainda no Instituto, organizou os trabalhos de preservação e difusão de importantes acervos como os de Ernesto Nazareth e Pixinguinha.
Foi ainda curador de projetos musicais de diversas exposições culturais no Brasil e no exterior, colaborou em várias publicações com artigos e ensaios sobre música e literatura e em produções cinematográficas, como o documentário premiado dos cineastas Thomas Farkas e Ricardo Dias, Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba.
Trabalhou como produtor artístico da Gaia Discos, onde lançou discos como: Jobim violão (primeiro disco do crítico musical e instrumentista Arthur Nestrovski) e Tudo o que gira parece a felicidade (trilha sonora do espetáculo homônimo do coreógrafo Ivaldo Bertazzo, realizado pelo SESC). Produziu também o disco 100 Anos de Radamés Gnatalli: obra integral para violoncelo e piano (Rádio MEC/IMS, 2007).
Fez palestras e conferências sobre música brasileira em países como Argentina e Cuba, além de ter realizado composições musicais gravadas por intérpretes como Teresa Cristina, entre outros.
* Com informações do MinC
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