A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês) divulgou dados que demonstram o significativo crescimento do mercado fonográfico brasileiro na pandemia.
Com o bom desempenho no streaming, a renda com músicas gravadas no país subiu 24,5%. A alta mundial foi de 7,4%. Esse foi o maior crescimento da indústria fonográfica no Brasil em duas décadas, desde a queda sofrida com o surgimento do MP3.
O índice de 2020 reforça o crescimento, que vem ocorrendo desde 2017, com alta entre 13% e 17%.
A alta nos índices brasileiros em 2020, conforme aponta o IFPI, acompanha o crescimento geral do streaming musical, de 37,1%. Contudo, o país continua de fora da lista de 10 maiores mercados musicais do mundo, desde 2019.
Os valores brutos não foram divulgados. Porém, em cálculo aplicado às receitas anteriores, o faturamento fonográfico do Brasil em 2020 foi de cerca de US$ 420,7 milhões (R$ 2,3 bilhões).
O crescimento do streaming contrasta com o apagão de shows, causado pela pandemia. Com a queda brusca nas apresentações presenciais, mais de 100 milhões de reais deixaram de ser arrecadados em 2020, afirma o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). No mundo prejuízo para o mercado de shows foi de US$ 30 bilhões, conforme apontou a revista a revista especializada Pollstar.