Mais de dez anos após o início da exploração comercial da internet, os artistas da música começam a receber este mês os primeiros caraminguás de direito autoral. O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos (Ecad), maior do País, iniciou a distribuição de R$ 1,2 milhão recolhido a empresas que utilizam música na internet. Cerca de 8 mil músicos, compositores e intérpretes serão os primeiros beneficiados.

Curioso que as primeiras listas que o Ecad liberou aos seus associados (mais de 400 mil) mostram um perfil de consumo bem diferente daquele das TVs, rádios e danceterias. É um consumo menos popular. O PIB da MPB (Chico, Caetano, Gil, Djavan, Jorge Ben, Rita Lee, Roberto) lidera entre os autores com maior rendimento.

As músicas mais ouvidas também não são os hits da estação – canções como Noites com Sol, de Flávio Venturini, e Brincar de Viver, de Maria Bethânia, estão entre as mais ouvidas. Tom Jobim tem quatro canções entre as dez com maior rendimento na internet.

O Ecad estima que esse tipo de arrecadação dobre em 2011, e assim progressivamente. Entre as empresas que fizeram acordo com o escritório estão o Google (que opera o YouTube) e a rádio online Kboing, entre outras. Há mais empresas negociando, como o Terra Sonora. Segundo o Mario Sergio Campos, Gerente Executivo de Distribuição do Ecad, o universo representa apenas 3% do universo. Os sites que usam música comercialmente estão sendo instados a pagar 3,75% do seu faturamento a título de direitos dos autores.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.


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Atriz, pós-graduada em gestão da cultura.

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