Editoras teriam que publicar ao menos 20% de obras brasileiras em quadrinhos, em projeto que ainda prevê medidas de apoio criadas pelo poder público

O projeto de lei 6581/06, de autoria do deputado Simplício Mário (PT-PI), busca incentivar a produção, a publicação e a distribuição de revistas em quadrinhos nacionais no mercado editorial brasileiro.

Pela proposta, as editoras seriam obrigadas a publicar um mínimo de 20% de histórias em quadrinhos brasileiras. Esse percentual seria iniciado com 5%, e teria um aumento progressivo até aingir 20% no quarto ano de vigência da lei.  Da mesma forma, as distribuidoras teriam que ter entre seus títulos um minimo de 20% de quadrinhos brasileiros, e lançá-los comercialmente. 

O texto do projeto define como história em quadrinhos nacional aquela criada por artista brasileiro ou por estrangeiro residente no Brasil, e publicada por uma empresa sediada no país.

O PL 6581/06 ainda prevê  que o poder público crie medidas de apoio e incentivo à produção de quadrinhos brasileiros, como o estímulo à leitura em sala de aula; a promoção de eventos para difundir o mercado editorial de quadrinhos voltados para o público infanto-juvenil; e a inserção de disciplinas práticas no currículo das escolas e das universidades públicas.

O projeto está tramitando no Senado nas comissões de Educação e Cultura, Finanças e Tributação, Constituição e Justiça e Cidadania.


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2Comentários

  • Minami Keizi, 6 de março de 2006 @ 14:51 Reply

    Na década de 60 houve uma tentativa frustrada deste gênero. Hoje, neste mundo globalizado, não é preciso nenhum decreto ou lei para que os editores publiquem quadrinhos brasileiro. Aliás, a maioria publica. Os nossos quadrinistas já trabalham para fora. Se produzirmos quadrinhos de qualidade, claro que sempre haverá mercado.

  • Eustaquio, 22 de março de 2006 @ 10:42 Reply

    Como sempre mais um mané achando que os editores brasileiros publicam quadrinhos brasileiros, faz me rir!
    O mané, por relaxamento da primeira lei, a Editora Abril, acabou com o seu nucleo de produção de quadrinhos onde vários profissionais trabalhavam desde quadrinhistas, coloristas, arte-finalistas, roteiristas etc.
    Acorda! as editoras preferem traduzir oque vem de fora pois é mais barato.Exceção a regra só o Mauricio de Souza.

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