Em resposta ao artigo “O poderoso lobby multinacional do Ecad”, de autoria de Carlos Henrique Machado Freitas, publicado no site Cultura e Mercado, seguem os esclarecimentos do Ecad:

Entendemos que críticas fazem parte de um cenário de democracia onde todos podem emitir suas opiniões, mas não podemos aceitar que acusações infundadas e desrespeitosas sejam usadas para denegrir a imagem do Ecad. Seria ético que as informações sobre o trabalho de qualquer instituição fossem apuradas antes da divulgação de textos ofensivos, produzidos sob o pretexto de se externar à sociedade qualquer crítica ou indignação.

O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição é uma instituição que representa 342 mil titulares de música (compositores, intérpretes, músicos, editoras musicais e gravadoras) na cobrança e distribuição de direitos autorais da execução pública de suas músicas. Todos os artistas filiados às associações de música que compõem o Ecad têm neste órgão apoio legal e representatividade, através de suas unidades e agências credenciadas, em todo o território nacional. As associações brasileiras de gestão coletiva musical e o Ecad defendem o direito autoral há mais de três décadas. Essa foi uma conquista dos próprios artistas que lutaram para serem remunerados pelo seu trabalho.

O Ecad é gerido por nove associações de música, que decidem, em Assembleia Geral, todas as regras adotadas pelo órgão. Isto significa que são os próprios artistas, através do representante da associação à qual se filiaram, que ditam as normas do funcionamento do sistema de cobrança e distribuição dos direitos autorais provenientes da execução pública musical. Não existe fundamento algum para a afirmação feita pelo autor a respeito das “multinacionais que controlam o Ecad”, repetida diversas e errôneas vezes no artigo. As multinacionais a que o autor do texto se refere são as gravadoras, que para nós, são titulares de direitos conexos e receberão sua parte, de acordo com o cadastro feito no Ecad, assim como qualquer outro titular ( seja autor, intérprete, músico etc). Importante esclarecer que o Ecad atua de forma igualitária para todas as associações de música que compõem o escritório central. Este é o verdadeiro conceito de democracia da gestão coletiva de direitos autorais.

Vale frisar, portanto, que além de os artistas serem beneficiados pelo trabalho do Ecad, são eles os verdadeiros fiscalizadores de todas as atividades desta instituição.

Ainda assim, o trabalho do Ecad  é auditado anualmente por empresas independentes de renome no mercado, e por órgãos públicos como Receita Federal e INSS, sendo seu desempenho aprovado ano após ano. O trabalho do órgão é pautado pela ética profissional e transparência, comprovado pela divulgação constante dos Balanços Patrimonial e Social, além do Relatório de Sustentabilidade do Ecad, publicados em jornal de grande circulação e também disponíveis para consulta no site www.ecad.org.br, na seção “Balanços”.

Quando o autor afirma que “as práticas do Ecad ganham status de política de Estado”, se engana novamente. Os critérios que norteiam o trabalho do Ecad são baseados em regras e tratados internacionais, e amparados pela lei 9610/98. Além disso, sua equipe de Arrecadação trabalha com o foco principal na conscientização daqueles que utilizam música publicamente (usuários de música), mostrando a importância do pagamento do direito autoral para os profissionais que desenvolvem a cadeia produtiva da música, considerada uma das mais importantes do mundo.

O autor também se refere aos “poucos artistas que ganham direito autoral”. Provavelmente o senhor Carlos Henrique não acompanha a constante divulgação dos resultados do Ecad – feita através da imprensa em âmbito nacional: na última década, a distribuição de direitos autorais deu um salto de 200%. Em 2010, foram distribuídos R$ 346,5 milhões para 87.500 titulares de música, levando-se em consideração todos os segmentos onde a música é executada publicamente.

Ao afirmar que “o Ecad vem batendo recordes de arrecadação ano após ano, mostrando a perversidade desse mecanismo”, novamente somos obrigados a discordar. O Ecad vem, sim, batendo recordes de arrecadação e distribuição nos últimos anos, mas o que isto mostra é a alta qualidade de gestão, tecnologia e experiência que norteiam este trabalho. O Ecad é considerado uma referência mundial pelo trabalho desenvolvido e pelos resultados alcançados, fruto do investimento feito em tecnologia, qualificação das suas equipes, controle dos processos e na comunicação com o mercado. Resultado deste investimento pode ser visto nos constantes prêmios recebidos pela instituição, tais como: Certificado Empresa Cidadã, Prêmio 25 Melhores Empresas para se trabalhar no RJ, Prêmio Revista Isto é Dinheiro – Responsabilidade Social (Segmento Serviços Diversos) e Prêmi o Balanço Social.

O autor afirma que a “exploração autoral é interesse estrangeiro”. É importante esclarecer que em 2009, foram destinados 69% dos valores distribuídos para artistas nacionais e 31% para estrangeiros, o que demonstra que grande parte do que é distribuído fica para os artistas nacionais, alguns deles lançados por gravadoras que são multinacionais. Não existe nenhum tipo de favorecimento a grandes gravadoras, como insinua o autor do artigo; mas, sim, uma mudança do cenário da música no Brasil.

Vale ressaltar que o Ecad somente repassa o s valores das obras musicais que foram executadas e captadas, independentemente se elas são nacionais ou estrangeiras, pois as captações refletem apenas o que vem sendo executado no Brasil. Os segmentos de televisão por assinatura, shows e cinema, juntos, representam 21,48% do total arrecadado de direitos autorais. Estes são exemplos de segmentos que possuem a maior incidência de utilização de obras estrangeiras. Em 2010, 56% do total distribuído proveniente de TV por assinatura foram para titulares internacionais, seguido de 55% do segmento de cinema, enquanto que, em segmentos como rádio e carnaval, foram distribuídos apenas 20% e 3%, respectivamente, para artistas estrangeiros.

As associações de música e o Ecad acreditam que o autor é a espinha dorsal de toda cadeia produtiv a da música. A remuneração pelo uso de suas criações é que possibilita que o mercado de música perdure e se desenvolva. As associações de música e o Ecad defendem este direito e buscam constantemente evoluir, se desenvolver, melhorar seus processos e sua forma de atuação. Funciona com a gestão coletiva o mesmo que ocorre com todas as demais empresas e instituições do mercado. Neste sistema, a administração das regras do sistema deve atender os interesses da maioria dos titulares filiados às associações. Apesar da pluralidade das associações, o interesse coletivo faz com que o mercado de direito autoral se autorregule automaticamente, garantindo sempre as melhores práticas na gestão do Ecad.

Todas as informações sobre o  trabalho do Ecad estão disponíveis no site www.ecad.org.br, incluindo os critérios de arrecadação e distribuição, regulamentos, tabela de preços, balanços patrimonial e social e pareceres dos auditores externos. Em caso de dúvidas, o público pode acessar a seção “Fale Conosco”.

Na certeza de vermos os fatos esclarecidos, nos colocamos à disposição.


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Superintendente executiva do ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição

16Comentários

  • Mário Henrique de Oliveira, 18 de março de 2011 @ 23:57 Reply

    Olá,

    Gostaria de dizer que o ECAD, está sendo invetigado pelo MP/RJ desde de 2004. E o mais engraçado, que, até agora o MP, não conseguiu fazer a tal auditoria, será porque o ecad, não tem problemas! ou tem problemas demais para ser auditado! Fora as três CPIs, que eles das associações, que administram o ecad, em uma delas, foram denunciados, por formação de quadrilha! Para quem não sabe? O ECAD é uma Associação de Associações, sem diretoria nominada, isso quer dizer, que, em cada assembleia é eleito uma pessoa para presidir a Assembleia, quando der uma pemba, tente localizar o Presidente da tal Assembleia.
    Em 2001 foi pedido uma suscitação de dúvidas pelo 2º cartório de pessoa jurídica de Brasília, porque o ECAD, tentou registrar lá as atas, 6º – 11º e 241º só que eles já haviam mudado a sedé para o Rio de janeiro em 1987.
    E na sentença em 2004, o juiz, diz, que, existem dois ecads, o de Brasilía, que foi criado em 1978 e depois resolveram mudar para o Rio de janeiro em 1987, Bem registraram esse outro ecad no Rio de Janeiro, sem a averbação no cartório de Brasília, e até 1989 ficaram registrando as atas, em Brasilía e no Rio de Janeiro, muito importante foi nessa mesma época que foi vendido o prédio do ecad de Brasília e compraram um sobradinho no Rio de janeiro com o dinheiro, Tudo isso foi denunciado ao Ministério Público Federal a tudo que é AL sabem o que aconteceu até agora…. AL NADA…… querem mais! bem no próximo capitulo ………CADÊ A POlIÇA…qui num prende, esses cabra……… e a mais de trinta anos, essa palhaçada!….Alguém tá levando algum….como sempre.
    Dra Glória Braga, administra o ecad como se fosse uma empresa sua! E sabe porque ela não é mandada embora? SABE DEMAIS DA CONTA …UAI……

    MarinhoTP

  • Mário Henrique de Oliveira, 19 de março de 2011 @ 0:15 Reply

    Bem, o que ela diz, ( Glória Braga )que o autor pessoa fisica recebe muito, esse muito é trinta por cento do que o ecad arrecada, pois as multi nacionais levam do arrecadado, setenta por cento ou mais.
    Porque a dra Braga! não publica a relação dos cinquenta que mais recebem, entre pessoas fisicas e jurídicas, ai vcs vão entender o que eu estou dizendo.

    MarinhoTP.

  • Manoel Neto, 19 de março de 2011 @ 1:26 Reply

    Cara Glória, quanto tempo? Vou direto ao ponto, pois de tudo que disse, dados podem sempre esconder outros fatores que acabam sendo desconsiderados.

    Me responda por favor, dos “69% dos valores distribuídos para artistas nacionais e 31% para estrangeiros” Quanto fica concentrado em apenas 650 compositores?

    Quantos destes 69% de autores brasileiros estão editados com multinacionais, considerando apenas os que recebem maiores valores? E quanto dos 31% internacionais estão editados nas majors?

    E qual o grau de concentração nos pagamentos dos 650 mais executados que recebem a maioria do bolo para com os 342 mil compositores restantes?

    Das sobras superiores a 50 milhões de reais que ficam no caixa do ECAD todos os anos nas listas de obras não identificadas, quanto seria destes 342 mil cadastrados e porque estas sobras depois são distribuidas apenas para estes 650 compositores mais executados? E porque? Onde esta isso na lei? E porque eles recebem isso mesmo estas sobras sendo consideradas não identificadas? Não seria o correto este valor ser distribuido para todos os 342 mil?

    O ECAD é apresentado como transparênte e assim você me disse a quase dez anos, mas ainda espero por algumas respostas.

    Obrigado
    Manoel J de Souza Neto membro do Conselho Nacional de Politicas Culturais.

  • Bruno Cava, 19 de março de 2011 @ 14:26 Reply

    A defesa do ECAD, e do MinC que agora é por ele pautado, está no argumento de que os autores devem ser remunerados e não tem outro jeito. Que o ECAD é o único modo de fazer a gestão coletiva da cobrança e constituir renda à classe artística.

    Acredito que existam duas linhas de crítica.

    Primeiro, mostrar que mesmo aceitando todas as premissas do paradigma autoral-patrimonial, o método de arrecadação simplesmente é injusto.

    Na arrecadação, por arbitrária (mensalidades), dúplice no fato gerador (cinema), exacerbada (desconsideração do fair use, criminalização da sociedade, internet, wi-fi, ringtones, ao usufruir de uma LDA draconiana).

    Na distribuição, pelo sangramento pela indústria, no incentivo ao jabá, nos cerca de 25% de custo “administrativo”, dividido entre o escritório e as associações, e no miserê que chega nas mãos dos pequenos produtores, da juventude, das minorias, depois de tantos filtros, repasses e “taxas”.

    Finalmente, na gestão, seja pelo monopólio à moda de Vargas, seja pelas falhas apontadas pelo Legislativo em recente CPI.

    Mas eu acho que é mais do que isso. Há mais variáveis no debate, que não se restringe a saber se o ECAD é eficiente/equitativo.

    É preciso questionar essa lógica corporativa, como se a discussão sobre a cultura e a economia se tratasse de uma luta sindical ou trabalhista. A cultura é assunto para todos, e toda a sociedade tem interesse em que se produza mais cultura e que renda seja gerada, democraticamente, pela cultura. Isso pode ser questionado em vários níveis, a começar por uma forma mais democrática de arrecadar e administrar o Fundo de recursos auferidos pelo direito autoral. Não é reinventar a roda, mas abrir esse Fundo ao controle social, discipliná-lo de modo menos concentracionário, e valorizar a cultura como mundo. Essa solução precisa ser pensada e formulada coletivamente, em vez de nos rendermos ao paradigma que o ECAD encabeça.

  • Carlos Henrique Machado, 19 de março de 2011 @ 16:25 Reply

    Gloria Braga.
    “Seria ético que as informações sobre o trabalho de qualquer instituição fossem apuradas antes da divulgação de textos ofensivos, produzidos sob o pretexto de se externar à sociedade qualquer crítica ou indignação”

    Seria ético mesmo, que as informações sobre como, quanto, quando e onde o Ecad se coloca e arbitrariamente como meu representante para cobranças de “meus direitos autorais” me informasse imediatamente. Isso acontece Gloria Braga?

    Gloria Braga.
    “Vale frisar, portanto, que além de os artistas serem beneficiados pelo trabalho do Ecad, são eles os verdadeiros fiscalizadores de todas as atividades desta instituição”

    Vale frisar portanto que alem de eu não ter acesso a cobrança que o Ecad efetua em meu nome,para eu ser beneficiado pela arrecadação, não posso ser fiscalizador de algo que nem sei que foi cobrado pelo Ecad. Ou vocês me avisam ou abrem seus bancos de dados para todos os artistas para tal fiscalização?

  • Carlos Henrique Machado, 19 de março de 2011 @ 16:34 Reply

    Gloria Braga.
    “O Ecad é gerido por nove associações de música, que decidem, em Assembleia Geral, todas as regras adotadas pelo órgão. Isto significa que são os próprios artistas, através do representante da associação à qual se filiaram, que ditam as normas do funcionamento do sistema de cobrança e distribuição dos direitos autorais provenientes da execução pública musical. Não existe fundamento algum para a afirmação feita pelo autor a respeito das “multinacionais que controlam o Ecad”, repetida diversas e errôneas vezes no artigo”.

    Quem controla o ECAD Gloria Braga? Vamos lá: Duas associações detém 80% dos votos – a ABRAMUS e a UBC. A primeira tem 8 diretores, sendo que 4 são representantes de editoras e gravadores multinacionais. Na outra, são 7 diretores, dos quais cinco são donos de editoras musicais.

  • Carlos Henrique Machado, 19 de março de 2011 @ 17:46 Reply

    Seção “Fale Conosco”.

    Vamos à seção “Fale Conosco” aqui mesmo, Maria da Glória: você falou pouco na palavra distribuir, falou menos ainda das mãos que regem o cofre do Ecad. Acho que para um julgamento respeitável e prudente, a Senhora Maria da Glória deveria substituir o discurso de leal amigo dos artistas, e quando digo artistas, criadores, falo de toda a criação produzida no Brasil em nota e em punho. O generoso Ecad, contudo, não consegue explicar a sua falta de ternura com os que rezam por uma migalha dos seus direitos. Direitos que são tirados desses criadores por uma construção autorizada do Ecad para o Ecad, agora também na qualidade de balão preferencial das políticas públicas de Ana de Hollanda.

    O que digo, Glória Braga, é que a severidade na arrecadação repete, na verdade, a literatura da escravidão a partir de um processo de persuasão coletiva que começa a ruir quando os olhos da sociedade se voltam ao Ecad. Seria banal dizer, por exemplo, que há um pequeno grande detalhe nessa apaixonante novela escrita pelo Ecad que não vem a público? Se eu citasse o que há nessa combinação de tráfico e ocultação de dados, você me responderia?

    Há naquele boleto de cobrança do Ecad, idêntico ao de uma conta de luz que vocês emitem para os “mensalistas” alguma discriminação de quais músicas estão sendo cobradas e, portanto, quais compositores serão beneficiados? Na conta de luz e ou de água vem tudo especificado, tim-tim por tim-tim. Mas a do Ecad vem de forma indiscriminada, ou estou misericordiosamente errado?

    E para onde vai todo esse tribuno sacrificando a grande maioria de compositores brasileiros? Para sustentar e defender quem? Isso sob os aplausos da princesa regente do MinC e sua guinada de 360 graus à direita.

    Ora, esse dinheiro arrecadado pelo Ecad com o espírito versátil da nossa criação vai impiedosamente para o “Terceiro Reinado”, para a preservação das “obras-primas” da monarquia da indústria fonográfica.

    Este é o elemento servil que é posto em questão: um Estado, através do Ministério da Cultura, defender os “criadores de griff” debaixo de um massacre (bolso vazio) de mais de 90% dos criadores brasileiros anônimos da indústria, da mídia e, portanto, sem direito a embarcar no trem da alegria do Ecad, agora com carvão político do Ministério da Cultura através da rabeca conceitual da nossa ministra.

    A página que você informou Maria da Glória, é a famosa, “não achados e perdidos”.
    http://www.ecad.org.br

  • Mário Henrique de Oliveira, 19 de março de 2011 @ 21:10 Reply

    Realmente não são as multi nacionais, que criam as regras do jogo! São os Autores………com a generosidade da Glória Braga?????????
    E quem participa das assembleias do ecad, são só seis associações! E não nove, pois as outras três, são sociedades administradas.
    Na verdade seriam treze associações;
    Porque foram expulsas quatro associações;
    Sabem, Atida, Acimbra e Anacim, sendo essa última a coisa mais estranha já acontecida, sem explicações e sem divulgação, estão botando panos quentes, até não existir mais associados, para ninguém ser responsabilizado, ESSE É O JEITO ECAD DE SER…..

    MarinhoTP.

  • Carlos Henrique Machado, 19 de março de 2011 @ 21:57 Reply

    Aqui vai uma ótima entrevista de Ségio Amadeu no Blog do Zé Dirceu.
    Não é à toa que a ministra tira o símbolo do CC e diz “tirei apenas o símbolo de uma licença americana”. É uma ofensa à nossa inteligência. Ana de Hollanda devia entrar no site da Al Jazeera – que não me parece ter nada a ver com os EUA – e ver o que está escrito ali. Eles licenciaram seus conteúdos em CC.

    Neste aspecto, a política da ministra Ana de Hollanda é nefasta. Não conheço a ministra, ela pode ser legal, gente boa, mas neste aspecto é nefasto. Não a ministra, mas a política dela. Os argumentos que ela traz são do ECAD. Eu os conheço, fui a vários debates deles. A mesma escolinha: dizem que o CC é entidade americana e tal… Na realidade, esse tipo de argumento quer manter o copyright duro e até expandido por mais tempo. E a lei do copyright precisa de uma reforma em outros pontos. Mas, o que a ministra faz? Diz “vou convocar especialistas”. Nega, assim, todo o trabalho que a gente fez, aberto, com todo mundo em todas áreas. Ela quer trazer os especialistas dela. É um desrespeito dela para com a sociedade civil organizada que trabalhou nessa reforma.

    sss://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=2&Itemid=3

  • seupedro, 20 de março de 2011 @ 2:06 Reply

    Abramus – quer dizer Associação Brasileira de Músicos? ou Música?

    Ah! E porque ela é a detentora dos direitos autorais da obra do dramaturgo Nélson Rodrigues? Ah! Também fiquei sem saber! Afinal de contas do que vale tudo isso?

    Tem piriri no pororó! Quer dizer então que a ABRAMUS é uma das associadas mãe do ECAD? Tô ficando cada vez mais indignado. Não mantenho nenhum vínculo com esse tal Escritório com ármarios cheios de esqueletos mantidos a naftalina. Lembro ter recebido a visita de um representante do ECAD a tempos atras. Apareceu de maleta 007 – daquelas das antigas. Calca listrada, de vinco impecável, camisa xadrez, gravata meio nó. A visita claro! para emitir o boleto- recibo – naquela época ainda não tinham se informatizado – mas o surpreendente mesmo é – tanto quanto cobrar o direito autoral do próprio autor – como narra o colega Carlos Henrique – tratava-se de um concerto de musica medieval com peças do século XII e XIII – alguma pesquisadas e publicadas por Jordi Saval com Espérion Século XX. claro que indaguei e quis saber como essa “tunga” chegaria as mãos dos compositores. A resposta foi mais surpreendente pasmem: O Escritório no Rio de Janeiro tem a lista de todos os compositores e o senhor pode ficar tranquilo, esse valor vai chegar nas mãos deles. claro que terá o desconto de 30% para despesas administrativas. Voces podem achar que eu – ingnorante Seu Pedro – esteja mangando de voces todos letrados que são. Não. Não estou mangando. Tô falando a verdade. Pode parecer jocoso demais. Mas muito menos que a defesa do ECAD por essa senhora. Agora falando sério sobre a pouca vergonha que virou esse direito sagrado do autor – quando administrado por terceiros com interesses podres como denunciado pelo Ministério Público Federal e Comissão Parlamentar de Inquérito. A Lei existe para ser cumprida. Quando ela não atende mais a sociedade, tem que ser adequada e cumprir o seu papel social fundamental. Quanto a grana! Ela deve ser soberana dos artistas dos editores, e de toda a cadeia produtiva – desde o cabo man até o bilheteiro – pois sem o bilheteiro não tem como receber as pessoas num show do Caetano -não toque no meu tostão – Veloso entre outros. Ah! preciso falar do Teatro. Do direito sagrado do autor. E assim, me lembro da Sociedade Brasileira de Autores de Teatro -SBAT – quando a gente ia montar uma peça – a primeira coisa que fazíamos com orgulho – ética – generosidade – sensilbilidade – humanidade – sobretudo orgulho mesmo – era procurar o SBAT – reservar o direito de montar o texto – recolhia uma taxa adminstrativa – e quando da montagem – separava em cada borderô – o sagrado direito autoral do autor. Ponto. Agora olha só! Vê se dá prá gente confiar nessa gente!
    A gente quis montar Nélson Rodrigues. Procurou o SBAT. O SBAT falou que não representa mais os direitos do dramaturgo Nélson Rodrigues – expoente na formação cultural do povo – digo sociedade – povo aqui pode parecer piegas-político- e não é nada piegas, o assunto é sério e nojento. Continuando: Agora os direitos autorais da obra de Nélson Rodrigues – encontram com a Associação Brasileira de Músicos ou de Música – ABRAMUS – Fique plasmado – como fala a babá do meu filho. Como assim? Nunca soube que o Nélson Rodrigues tivesse sido músico. Pode ser até. Mas deve ter sido extemporâneo. Deve ter sido cantor de uma musica só. Ou cantava no banheiro! Vai saber.É isso mesmo. O Ministério da Cultura, por meio da SEFIC – para habilitar o seu projeto, solicita que você envie em arquivo pdf e depois pelo correio, o protocolo dos direitos autorais da obra. A ABRAMUS – para fornecer esse protocolo procede da seguinte maneira:
    1. O protocolo manifestando o desejo de montagem custa a bagatela de R$ 3.500,00 (Tres Mil e Quinhentos Reais). Já vem anexo o boleto para pagamento em rede bancária.
    2. A partir disso voce tem que recolher mais 12 ou 15% da bilheteria – tendo uma cota mínima. Ou seja, se no dia do espetáculo não comparecer esse minimo – a sua companhia teatral tem que recoclher do próprio bolso – essa cota mínima da “tunga” oficializada
    3. Ai vem a maior tunga descarada – me desculpem o termo – pois não consigo me expressar com polidez diante de tamanha sacanagem – sem vergonhice – e chego até a pensar – que a família herdeira da obra – talvez nem tenha conhecimento desse fato que estou narrando, tamanho absurdo. Não obstante voce também tem que repassar 10% do valor que voce conseguir captar pelo projeto aprovado no Ministério da Cultura. Pera aí! Quem fez o projeto foi a Cia. de Teatro. Quem elaborou foi o pessoal da Companhia. De sorte que para aprovar o projeto, é previsto recolher os direitos autorais da obra a ser montada. A Lei 8313 – não diz em nenhum artigo, ou parágrafo que 10% do Projeto aprovado tenha que ser destinado ao representante do Direito Autoral do artista, do dramaturgo, enfim…O buraco é mais embaixo. Esse dinheiro em primeira instância é um dinheiro público, a ser utilizado para produção de um bem subjetivo, mas um bem cultural. Depois não é cabível um representante totalmente alheio à produção do espetáculo ganhar sobre o trabalho dos outros, nem tampouco ganhar percentual em cima de impostos, taxas administrativas, etc. que negócio é esse? Resumo da ópera: A ABRAMUS te responde: Não podemos ceder nenhum documento/protocolo sem o pagamento inicial e assinatura desse termo draconiano de 10% sobre o valor total do projeto, ou do valor captado. falam cá os manézinhos da Ilha: “…Se qués qués. Se não qués! Fica com a pomba na balaia.” Privam a sociedade de tomar contato com a obra de execelencia da dramaturgia brasileira, tungam os pequenos grupos , pois com as Cia. maiores, sempre há uma negociação. Isso é outro perrengue que me soa maracutaia. O direito é X, mas a gente negocia. Então é negociata. como pode uma entidade que se diz criada e amparada na Lei atuar dessa forma de negociatazinhas perante a sociedade. Bem isso é para voces letrados continuarem a discussão. Pode ser até que a senhora do ECAD ou o representante da ABRAMUS – que detém 80% dos votos do ECAD – como é isso? é empresa esse tal escritório? Tem ações na Bolsa? é Sociedade Anomima, ou sociedade Ltda. Até mesmo sem fins lucrativos? Sem fins economicos? Se é mesmo como a tal senhora diz que é, porque o Ministério Público mente. Se é mesmo assim uma maravilha como ela responde com cara e alma (des)lavada, porque os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito mentem. Tem que preender esses deputados todos. Questionar uma coisa dessas. Chamar de quadrilheiros? Ah! deve ser por isso que as quarilhas de São João terão que recolher os direitos autorais também. Essa gente, esses deputados, só fazem atraplhar a vida da gente. Prá encerrar1 Quem é mesmo o Presidente do ECAD, o Vice presidente? o secetário, tesoureiro, como é que funciona isso? A reunião é em Brasilia, mas a sede no Rio de Janeiro? Minha nossa Senhora Aparecida do Norte! Deus me livre e guarde dessa gente. Bora lá reconstruir o país.
    seupedro

  • Vinicius Pereira, 21 de março de 2011 @ 0:28 Reply

    Quando chega alguém da produção me informando que há um fiscal do Ecad perco minha noite. De ódio. Se a casa está cheia ele leva 10% da bilheteria. Se a casa está vazia, cobra por metro quadrado do espaço da casa noturna.

    Eu sou músico, compositor e interprete e me sinto prejudicado pelo Ecad. Pago em todas as apresentações que faço e nunca recebi um centavo da instituição.

  • Mário Henrique de Oliveira, 21 de março de 2011 @ 7:30 Reply

    Caros,

    O que podemos observar na situação atual do ECAd, vejamos!
    Para quem não sabe o ecad irá pagar o trimestre de abril(2011), os respectivos meses de outubro,novenbro e dezembro de 2010, isso quer dizer, que ?

    Se o ECAD tivesse que pagar hoje os meses de outubro, novembro, dezembro de 2010, e os meses de janeiro,fevereiro e março de 2011, resumindo eles não teriam dinheiro suficiente para pagar, mais os retidos, que são as musicas não indentificadas, que eles dizem só que tem, até Roberto Carlos no créditos retido do ecad.

    Quer dizer, que, tem alguma coisa errada com a administração ( jeito ecad transparente de ser ) e mais, imaginem o tamanho do ROMBO que deve existir na contabilidade do ecad, fora outras cositas mas………

    Explique isso, dra Glória Braga? Ou eu estou mentindo.

    Com relação ao seuPedro, eu gostaria de dizer que em meados de 2005, a Abramus assinou um contrato com uma empresa que aluga maquinas, onde vc coloca uma ficha e toca a musica que vc escolhe.

    Essa empresa na época pagou para abramus R$60.000.00 por um ano de contrato. Agora vem o mais interessante é que nesse contrato tem um anexo no caso que seria a relação de musicas, que ninguém sabe onde foi parar, se é que existe. E a outra claúsula, é que esse contrato, é confidencial! como aquele que o ECAD, fez agora com a RECORD. ma sestá quardado a sete chaves, pois o autor não pode saber o que as associações negociam por ele, deve ser muito bom mesmo para o autor eese contrato com foi o da Abarmus para os seus associados! não é mesmo dr.. Roberto Melo…..

    Eu só gostaria de saber, se o autor que é o dono da obra e outorga para associação o direito de representa-lo, não tem o direito de saber o que ela negocia em nome dele! ( É o jeito Abramus de administrar o que é dos outros )se vc é associado da abramus pergunte por que é que eles não lhe pagaram essa grana.

    De todas as pessoas que eu conheço nos meus quarenta e dois anos de profissão como músico, ninguém diz ter recebido pagamento por conta desse contrato com a Abramus.

    Bem mais informações só amnhã……….

    POLIÇA……………. cadê poliça……..

    Ligados…

    MarinhoTP.

  • Orias Elias, 21 de março de 2011 @ 15:24 Reply

    Esse órgão é uma piada (de mau gosto)! São autoritários, arrogantes e estão longe de representar os artistas. Uma máfia que é apoiada por uns poucos e está a léguas de cumprir sua função primordial. Essa senhora, Glória Braga, deveria ser surrada em praça pública pela sua cara de pau e esse órgão totalmente reformulado. Está na hora da sociedade defender melhor a cultura e escorraçar essa corja. Como sempre os criadores estão à mercê das quadrilhas que sob o manto da lei agem impunemente.

  • william alves, 22 de março de 2011 @ 1:11 Reply

    Em Brasília, o ECAD enviou uma carta de cobrança pela exibição de filmes numa mostra de filmes de internet e alguns outros. Quando em contato com o ECAD solicitei que me fosse enviado a cobrança pelas músicas a que o mesmo estava relacionando. Foi então que recebi uma cobrança do ECAD para as músicas do filme Babilonia de Eduardo Coutinho, claro q não paguei ms guardo a guia pois o ECAD ameaçou colocar nossa associação na lista do DPC, além de nos ameaçar com uma ação de cobrança judicial.

    Só para lembrar, o ECAD não sabia quais os filmes estavam sendo exibidos e nos chamou para fazer um acerto no escritório, mesmo sabendo que o evento era com entrada franca e que não possuia patrocinadores.

    Esse ECAD é fogo na roupa.

  • Francisco Costa, 24 de junho de 2011 @ 13:27 Reply

    É PARA O SR CARLOS HENRIQUE MACHADO FREITAS, E A SRA. GLORIA BRAGA.
    ENTÃO MEUS AMIGOS, VEJAM OQ. ESTE CIDADÃO DISSE, ELE É UM DEFENSOR DO ECAD, EU TAMBEM DEFENDO QUE RECEBA E REPASSE PARA QUE É DE DIREITO
    APARTIR DO MOMENTO QUE ALGUEM SE FILIOU A UMA ASSOCIAÇÃO, ELE É IGUAL A TODOS, SEJA ELE DA MIDIA DO SUCESSO OU NÃO SE A MUSICA FOI EXECUTADA
    TEM O MESMO VALOR DA QUE ESTÁ EM SUCESSO, O COMPOSITOR QUE VC DIZEM NÃO CONHECIDO NA MIDIA VCS TRATAM COMO UM BICHO DO MATO, (CAITITUS)
    É ESTA EXPRESSÃO QUE CORRE DENTRO DO FAMIGERADO ECAD, E VC CARLOS DEVE FAZER PARTE DES EMPRESA QUE PARA MIM É UMA ARAPUCA, QUE ARRECADA EM NOME DE QUEM TRABALHA, E DEPOIS ARRUMA TODAS AS FORMAS PARA DIZER
    QUE ESTÁ HAVENDO MANIPULAÇÃO, POIS A VERDADEIRA MANUPULAÇÃO É DO PROPRIO ECAD,
    VCS DO ECAD A OBRIGAÇÃO É ARRECADAR E REPASSAR, SÓ QUE VCS FICAM INVESTIGANDO AUTORES, VÃO PROCURAR OS USUARIOS QUE USAM E NÃO PAGAM, SÓ QUE VCS. TEM QUE SER TRANSPARENTE, POIS O TITULAR NÃO SABE A QUEM DE INFORMAR E DEFENDER.TENHO VARIAS MUSICAS DENTRO DO ECAD. CLARO NÃO GRAVADAS, MAIS TRABALHO EM CIMA DAS MINHAS OBRAS, NÃO FICO ESPERANDO PELA A ESMOLA DOS OUTROS.
    ESTA É MEU RELATO , GOSTARIA MUITO DE RELATAR MUITO MAIS.
    O ECAD É MAIS UMA FALCATRUA IGUAL AS IGREJAS.
    FICAM ROUBANDO A BOA FÉ DE QUEM ACREDITA EM DEUS, E O ECAD FAZENDO DA MESMA FORMA COM QUEM ACREDITA EM UMA EMPRESA DE ALTO NIVEL.

  • FRANCISCO COSTA, 22 de julho de 2011 @ 13:16 Reply

    OLHA GENTE, O QUE O ECAD FALA PARA QUEM ESCREVE ALGUMA COISA, VEJAM
    É UMA PROPAGANDA COMPLETAMENTE ENGANOSA, PORQUE O PROPRIO ECAD
    VAI LHE CHAMAR DE CAITITU( QUE NADA MAIS É, DE UM PORCO QUE COMEM DE TUDO ESPECIALMENTE FEZES, É ISTO QUE O ECAD NOS CHAMA.
    VEJAM

    Nesta seção você vai conhecer todas as informações e procedimentos necessários para receber seu direito autoral. Leia atentamente o texto abaixo e siga o passo a passo.

    Antes de qualquer coisa, se você é compositor, intérprete, músico, produtor fonográfico ou editora musical, é muito importante filiar-se a uma das nove associações (ou sociedades de música) que compõem o ECAD. Ele é o representante legal dos associados para arrecadar e distribuir os direitos autorais de execução pública musical.

    Após a filiação, você deve cadastrar as músicas de sua autoria ou que você interpreta. Cada vez que uma nova música é criada ou gravada, você deve cadastrá-la em sua sociedade. É importante, também, informar o percentual de participação que cabe a cada um dos autores na criação da música, pois é este valor que norteará a distribuição dos direitos autorais de execução da respectiva obra. A mesma orientação vale para a gravação de fonogramas.

    Lembre-se que, caso você tenha cedido os direitos de autoria de sua música a terceiros (ex: editora de música), parcial ou integralmente, os direitos autorais de execução pública também passarão a pertencer-lhes, proporcionalmente ao percentual cedido.

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