O Observatório do Turismo, núcleo de pesquisas da São Paulo Turismo (SPTuris), divulgou na última semana levantamento realizado durante a 8ª edição da Virada Cultural. O estudo buscou traçar o perfil do público que participou do evento, nos dias 5 e 6 de maio, em São Paulo.

De acordo com o resultado, as pessoas de fora da cidade representaram 7,4% do público, incluindo nesse total visitantes da Região Metropolitana de São Paulo e do interior do Estado, vindos principalmente de cidades como Campinas, Bauru, Atibaia e Araraquara.

Além do estado de São Paulo, que deteve 98,4% dos espectadores, os principais emissores foram Minas Gerais, Bahia, Goiás e Rio de Janeiro. Tanto turistas como moradores da capital disseram ter gastado ou pretendido gastar R$ 50, em média, durante a Virada Cultural.

Os entrevistados também foram convidados a opinar sobre o evento como um todo e em itens relacionados à programação e estrutura. Na avaliação geral, a média concedida pelo público para a Virada Cultural 2012 foi nota 8, dentro de uma escala de 1 a 10.

Já para os quesitos individuais do evento, numa escala de 1 a 5, a maioria deu a nota máxima para quase todos os itens, com destaque para atrações e espetáculos, artistas, acesso ao evento, infraestrutura geral oferecida e sensação de segurança. Para os quesitos limpeza e sonorização, a nota predominante foi 4. Com relação à programação, entre as diversas manifestações culturais, as mais procuradas foram os shows (50%), teatro (11,8%) e stand up (9,6%).

Inquérito – Reportagem desta segunda-feira (29/5) da Agência Estado informou que a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social do Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil para apurar os contratos das empresas que participaram da Virada Cultural.

Denúncias indicam fraudes e irregularidades em licitações com empresas prestadoras de serviços, como a Will Will Produções Artísticas, que teria recebido da Prefeitura de São Paulo, desde 2005, mais de R$ 1 milhão em contratos para o evento.

A empresa está sendo investigada pela Polícia Federal desde 2010, por envolvimento em fraudes de licitação. De acordo com a representação feita pelo vereador Antônio Donato (PT) ao Ministério Público, o diretor da Virada Cultural, José Mauro Gnaspini, seria responsável em beneficiar uma série de empresas que, supostamente, pertencem ao mesmo grupo de pessoas.

A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara dos Vereadores convocou o diretor da Virada Cultural e os representantes das empresas para explicarem os contratos. Mas, por duas semanas consecutivas, os vereadores da base do prefeito Gilberto Kassab (PSD) esvaziaram a reunião ordinária.

*Com informações do site SPTuris e da Agência Estado


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