A preços populares e sem leis de incentivo, projeto leva dança contemporânea aos palcos, ao mesmo tempo que traz modernidade e inovação à imagem da empresaPor Deborah Rocha
Dança para todos
A Brasil Telecom apresenta, a partir de hoje no Rio de Janeiro, mais um de seus investimentos culturais: o Circuito Brasil Telecom de Dança. Treze companhias de dança contemporânea de todo o Brasil se reunirão no Teatro João Caetano para apresentações a preços populares; R$ 3 cada. Um diferencial do projeto que pretende, desta forma, ser um ?evento de massa, que sensibilize pessoas de várias idades?.
Comunicação de marca
A escolha pela dança contemporânea também tem um propósito: agregar à marca Brasil Telecom os valores de modernidade e inovação, dentro de uma perspectiva de branding (gestão de marca), estratégia de marketing desenvolvida em meados da década de 1980 e hoje utilizada mundialmente pelas empresas. “A dança foi eleita por ser uma forma de comunicação, casamento perfeito com a Brasil Telecom, uma empresa de telecomunicações e de comunicação, no seu braço ligado à internet?.
Sem leis de incentivo
O projeto, que pode ser visto até o dia 6 de outubro, foi inteiramente idealizado por Eva Doris Rosental, gerente de Projetos Culturais da empresa, que optou por não utilizar leis de incentivo à cultura ou renúncia fiscal. A verba vem da própria empresa. Sua assessoria de imprensa prefere não divulgar números, ?senão os outros projetos ficam com ciúmes?. O total investido no ano em projetos culturais e sociais foi de R$ 24 milhões.
Qualidade
“Esta é a segunda edição do circuito, que tem como proposta mostrar ao público carioca companhias de qualidade, já que alguns espetáculos foram premiados no País e fora e, ainda, atingir a população de maneira ampla”, diz a gerente de Projetos Culturais da Brasil Telecom, Eva Doris Rosental, à Folha de São Paulo. Serão apresentadas no evento, companhias patrocinadas ou aquelas que possuem apoio da Brasil Telecom.
Novidades
Segundo a Folha de São Paulo, a programação deste ano traz algumas novidades, como o lançamento nacional do Projeto SKR, da Cia. Cena 11, que abre espaço para a troca de idéias com o público sobre o processo de criação de espetáculo previsto para estrear em 2004. Ainda há o trabalho de companhias agregadas neste ano ao circuito, como Gambiarra, da Verve Cia. de Dança, e Clip-se!!!, da Cia. Étnica de Dança e Teatro.
O Circuito Brasil Telecom de Dança está ainda restrito ao público carioca, os paulistas terão que aguardar para recebê-lo. “Esse é um projeto caro, temos a intenção, mas ainda é não possível realizar em São Paulo.”
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